To be continued…

Fevereiro 14, 2011 Deixe um comentário

Não é o fim, é apenas um começo, um desafio… 

Procurei com este “blogfólio” evidenciar o meu  processo de desenvolvimento da aprendizagem em torno dos produtos, dos processos e reflexão no âmbito das temáticas abordadas na UC – Educação a Distância e E-Learning. Pretendi também representar as diferentes experiências de aprendizagem que realizei ao longo da mesma.

Não é uma despedida… como diria o Sérgio Godinho, ” é o primeiro dia do resto da minha vida”, sem dúvida mais rico a nível profissional e pessoal.

 

Categorias:EaD e E-Learning

Avaliação Online

Fevereiro 13, 2011 Deixe um comentário

Aquilo que é realmente importante: ajudar o aluno a melhorar a sua aprendizagem incentivando-o a analisar o processo para melhorar o produto.

A avaliação tem diversas dimensões (podendo avaliar a aprendizagem, ser utilizada para a aprendizagem, como aprendizagem e a partir da aprendizagem) que trazem benefícios tanto para o professor como para os alunos. Ambas as avaliações, a contínua e a final podem ser enquadradas nestas dimensões, proporcionando assim um carácter mais justo e diversificado a este processo, o que vai influenciar a própria motivação para a aprendizagem dos alunos.

A avaliação contínua fornece uma estrutura para a aprendizagem, decompõe o peso da avaliação em partes gerenciáveis, incentiva, motiva e ajuda a construir confiança, fornece uma fonte de diálogo positivo entre professores e alunos, fornece aos alunos uma visão geral do seu progresso, incluindo o desenvolvimento da sua compreensão e domínio das competências.

Alunos e professores têm disponível uma panóplia de ferramentas de aprendizagem e o trabalho cooperativo é cada vez mais valorizado a partir do uso destas ferramentas. A cooperação, a interacção e discussão com colegas ou especialistas na matéria são fonte de motivação para o investimento no processo de aprendizagem. O aluno tem a possibilidade de discutir pontos de vista, de pensar numa direcção diferente da sua.

A auto-avaliação tem importante papel na avaliação formativa e tem como objectivo enriquecer o sistema interno de orientação para aumentar a eficiência da auto-regulação.

Existem questões essenciais relativamente à avaliação online: a fundamentação clara e uma abordagem pedagógica coerente; valores, objectivos, critérios e padrões explícitos; as tarefas de avaliação devem ser autênticas e holísticas; facilitar intencionalmente e, progressivamente, as competências do aluno, visando a auto-direcção, como recordação de informação, o estabelecimento de metas, raciocínio crítico, auto-gestão e auto-avaliação, promovendo a mudança do controlo do professor para o controlo do aluno; uma avaliação formativa suficiente e oportuna; o conhecimento do contexto de aprendizagem e percepções.

Através da utilização de fóruns, chats, correio electrónico, portefólios, blogues, wikis, podemos promover uma avaliação processual, mediadora e libertadora. Esta terá um carácter formativo, num processo articulado de avaliação-formação. Quanto maior for a participação, à partida, mais rico será o percurso educativo dos alunos. A utilização destas interfaces na avaliação individual ou de grupo em projectos partilhados, permite uma visualização e análise do processo de aprendizagem.

As partilhas ficam registadas através de mensagens, imagens textos. O processo de ensino-aprendizagem fica claro para os professores e alunos. O professor pode propor percursos motivadores promovendo no aluno intervenções problematizadoras, comentários, sínteses, reflexões críticas, argumentos.

O fórum, assíncrono, dependendo da forma como for utilizado, poderá ser considerado uma interface de grande valia no processo de avaliação, pois permitirá ao professor analisar a qualidade das contribuições dos seus formandos bem como avaliar a autonomia, participação, colaboração e interacção.

O chat é um espaço para a construção do sentimento de pertença, é um espaço em tempo real e o mais próximo da sala de aula tradicional, onde as pessoas se juntam para discutir determinada temática. Este permite perceber a forma de pensar do aluno e reconhecer a construção do seu discurso como característica de identidade.

Os blogues podem contribuir para a construção de uma comunidade de saber e para uma maior interacção entre os alunos e o professor. Estes podem ser utilizados como Portefólios, perspectivando um sistema de avaliação no processo de ensino-aprendizagem online desenvolvido pelo aluno. Permite ao aluno demonstrar como aprendeu, o que aprendeu e, ao professor seguir a evolução do aluno.

Referências Bibliográficas

Dorrego, E. (2006 Septiembre). Educación a Distancia y Evaluación del Aprendizaje. RED. Revista de Educación a Distancia, número M6 (Número especial dedicado a la evaluación en entornos virtuales de aprendizaje). Consultado a 01/02/2011) em http://www.um.es/ead/red/M6

Martins, Lurdes; Rafael, Teresa (2010). A Avaliação das Aprendizagens em Contexto Online. http://issuu.com/theras/docs/a_avalia__o_das_aprendizagens_em_contexto_online3 .Consultado a 01/02/2011

“my name is Bates, TONY BATES”

Fevereiro 12, 2011 Deixe um comentário

O princípio fundamental do “ACTIONS model” de Tony Bates:

Nenhuma tecnologia, a princípio é boa ou má. Ela é somente um caminho para ajudar professores e administradores a resolverem os seus problemas.

Acesso e flexibilidade (access and flexibility): qual a facilidade de acesso à tecnologia? Qual é o grau de flexibilidade para os aprendentes?

Custo (cost):  qual o custo de cada tecnologia aplicada? Qual o custo por cada aluno?

Teaching and learning (ensino e aprendizagem): que tipos de aprendizagem são necessárias? Quais as abordagens didácticas a implementar? Quais são as tecnologias mais adequadas para atingir os objectivos do ensino-aprendizagem?

Interactividade e usabilidade (interactivity and user-friendliness): que tipos de interacção são suportados pelas tecnologias usadas? Qual é a facilidade de utilização para o aprendente?

Organização (organizational issues): quais são os factores organizacionais a ter em conta para o sucesso das tecnologias aplicadas? E que mudanças são necessárias efectuar?

Novidade (novelty): qual o grau de maturidade da tecnologia? Qual a sua contribuição para a renovação dos processos?

Speed (rapidez): com que rapidez se podem implementar cursos e preparar disciplinas? Com que rapidez é possível alterar e/ou actualizar os materiais didácticos?

e-Portefólios

No contexto educacional e escolar os portefólios podem ser utilizados com foco em contextos diferenciados: (i) centrados na escola, assumindo-se como meio de apresentação e publicitação da própria escola, (ii) centrados nos alunos, constituindo-se como estratégia de promoção e/ou de avaliação de aprendizagens, ou (iii) centrados nos professores, constituindo-se como instrumento/processo de desenvolvimento profissional e/ou de avaliação de desempenho.

De acordo com Gardner, H (1993;2006), os portefólios digitais online têm uma visibilidade acrescida e facilitada, permitem um acesso simultâneo por professores, alunos e famílias, facilitam e criam condições para um feedback por parte do professor, mais frequente, mais célere, e por isso mais oportuno e eficaz. Adicionalmente, os e-portefólios, ao permitirem, de forma facilitada, a incorporação de artefactos em diferentes linguagens – texto, imagem, vídeo, som – em formatos multimédia e hipermédia, permitem formas multimodais de representação dos conhecimentos e produções dos alunos tornando-se mais ricos e mais consentâneos com diferentes estilos de aprendizagem e indo ao encontro do conceito de “inteligências múltiplas”.

Quer sejam desenvolvidos por alunos, quer sejam desenvolvidos por professores, os portefólios têm vindo a adoptar versões digitais, por vezes online, ampliando as condições para assumirem uma dimensão multi(hiper)média, terem uma maior visibilidade, implicarem a aquisição de competências tecnológicas acrescidas e poderem ser desenvolvidos duma forma mais partilhada, mais interactiva podendo mesmo ter uma dimensão colaborativa e/ou colectiva.

A construção do portefólio individual do aluno deve ser promovida de uma forma colaborativa, distribuída e enriquecida por toda a dinâmica introduzida pelos diversos intervenientes, ao invés de promover uma aprendizagem isolada e solitária. Este processo de construção deve inserir-se num ambiente que proporcione a partilha de informação, de experiências, de recursos

 Os e-portefólios contribuem para o alinhamento entre o currículo, as metodologias utilizadas e a avaliação, através de uma maior coincidência das tarefas de avaliação com as de aprendizagem.

Potenciam a diversificação dos processos e objectos de avaliação, nomeadamente, através da contextualização, ou seja, de uma maior ligação da avaliação à situação em que se desenvolveu a aprendizagem, evitando realizá-la através de tarefas formais desligadas do contexto. A ênfase é colocada no carácter positivo da avaliação, uma vez que os alunos têm mais possibilidades de mostrar o que sabem e são capazes de fazer, o que contribui para melhorar a sua auto-estima.

Promovem a reflexão dos alunos acerca do seu próprio trabalho, a participação activa dos alunos no processo de avaliação, a identificação dos progressos experimentados e das dificuldades mais características dos alunos (dada a natureza longitudinal dos portefólios). O processo de tomada de decisão pelos professores também é facilitado, a todos os níveis, porque ficam a conhecer melhor a forma como o currículo é desenvolvido e as principais características dos alunos.

Referências 

ALVES, Ana Paula & GOMES, Maria João (2009). Portefólio electrónico do aluno: experiências com o RePe. In Bento D. Silva, Leandro S. Almeida, Alfonso Barca, Manuel Peralbo (editores), Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia; Braga: Universidade do Minho, pp.5934-5613. ISBN- 978-972-8746-71-1. http://hdl.handle.net/1822/10002

GOMES, Maria João (2006). Portefólios digitais: revisitando os princípios e renovando as práticas. In Actas do VII Colóquio sobre Questões Curriculares – III Colóquio Luso-Brasileiro sobre Questões Curriculares, Braga: CIEd; pp.295-306. [Disponível online em http://hdl.handle.net/1822/8083

GOMES, Maria João & ALVES, Ana Paula (2010). Potencial educativo dos e-portefólios. In e-Curriculum; São Paulo: Pontífica Universidade de São Paulo, vol.5, n.02, Julho de 2010, pp. 1-12. [Disponível em http://hdl.handle.net/1822/10922 ]

M-Learning – O futuro da aprendizagem nas nossas mãos

Janeiro 21, 2011 1 comentário

Learning anytime and everywhereWhat i want , when i want it and where i want it.

http://www.m-learning.org/

Escolas distribuem iPads

 

Nos EUA, não há Magalhães para alunos, mas tablets nas mochilas.

A ideia é revolucionar o ensino.

 

Fonte: Agência Financeira em 05/01/2011

Second Life – surgimento da 6ª geração EaD

O ambiente virtual Second Life já começou a despertar o interesse da instituições de educação e estamos perante o que poderá ser a 6ª geração de EaD.

 Mary Ann Mengel, através desta “visita guiada”, procura explicar a relevância pedagógica deste mundo virtual 3D , mostra a utilização de ferramentas educativas, “lugares” educativos e explora o uso de arquétipos.

Second Life proporciona a imersão em ambientes virtuais, potenciando uma Educação imersiva. É um “local” excelente para experimentar, experienciar, interagir, partilhar e colaborar. 

Inspiração, imaginação e fazer acontecer…

O Professor em Rede

O que o professor pensa sobre a Tecnologia de Informação é decisivo para o modo de a utilizar nos seus espaços profissionais, enquanto meio de desenvolvimento das aprendizagens e suporte para as representações distribuídas na rede.

A concepção actual das aprendizagens online vem reforçar uma perspectiva de autonomia na qual o professor é, principalmente, um facilitador das aprendizagens realizadas pelo grupo em detrimento do seu papel central como transmissor e organizador.

Os novos papéis e funções do professor enquadram-se na dinamização e acompanhamento das aprendizagens nos ambientes virtuais, requerendo da sua parte a disponibilidade para a descentralização nos processos organizacionais da comunidade e na dinâmica das suas actividades.    Dias, Paulo (2004)

Referência:

Dias, Paulo (2004). Processos de Aprendizagem Colaborativa nas Comunidades online. In Ana Augusta da Silva Dias e Maria João Gomes (Coords.), E-Learning para E-Formadores. Guimarães: TecMinho/Gabinete de Formação Contínua, Universidade do Minho.

 

Ambiente Pessoal de Aprendizagem (PLE)

Partilho um vídeo sobre a utilização de um Ambiente Pessoal de Aprendizagem (Personal Learning Environment) por uma aluna. Penso que é um exemplo de como as mudanças sociais e culturais provocadas pelo desenvolvimento tecnológico, nomeadamente com a Web 2.0, têm um forte impacto na educação e na concepção da aprendizagem.

A aplicação utilizada pela aluna é o Symbaloo.

José Mota (2009), no seu artigo Personal Learning Environments: Contributos para uma discussão do conceito, apresenta o que eu considero poder ser a síntese do que observamos neste vídeo:

  “Num Personal Learning Environment o aprendente utilizará um conjunto único de ferramentas, personalizado de acordo com as suas preferências e necessidades, no seio de um ambiente de aprendizagem único. Isso dará grande liberdade e controlo ao aprendente em termos da colaboração com outros, da utilização de recursos, das actividades em que participa ou da integração das aprendizagens desenvolvidas em diversos contextos e situações.”

Referência:

 MOTA, José (2009). Personal Learning Environments: Contributos para uma discussão do conceito. In Educação, Formação & Tecnologias; vol.2 (2); pp. 5-21, Novembro de 2009, disponível no URL: http://eft.educom.pt.

Utilização do E-Learning para a Aprendizagem do Séc.XXI

Janeiro 9, 2011 1 comentário

Deixo aqui uma apresentação electrónica, que considero muito completa, realizada pelo Zaid Ali Alsagoff, sobre a utilização do E-Learning como facilitador da aprendizagem para o sec.XXI. Aborda a Aprendizagem, o E-Learning, as ferramentas, os OER (Open Educational Resources) – recursos educativos abertos e deixa também interrogações e pistas para o Futuro, no sentido de percebermos como se podem potenciar os ambientes de aprendizagem em rede e promover a literacia para o século XXI.

Começa por, baseado na taxonomia de Bloom, apresentar a criatividade como o nível mais elevado do pensamento. De acordo com as literacias para o séc.XXI apresenta um percurso para a Aprendizagem e aponta como competências de Aprendizagem e Inovação: o pensamento crítico, a resolução de problemas, a criatividade, a inovação, a comunicação e a colaboração. http://www.21stcenturyskills.org/route21/

Assim, na linha do trabalho “Five minds for the future” do autor Howard Garden e do autor Daniel H.Pink “A whole new Mind – Why Right-Brainers will rule the Future”, são apresentadas as 5 Mentes para o futuro e como estas funcionam (em esquema) na construção do perfil do cidadão da era digital.

A natureza do trabalho está a mudar, apontando-se as pessoas que utilizam mais o lado direito do cérebro como as que terão melhor sucesso no futuro, associando as competências para o século XXI como as mais dependentes dessa parte do cérebro. Assim, ao lado esquerdo do cérebro fica associado o que é competitivo, lógico, analítico, quantitativo, racional, verbal e, ao lado direito, o que é inovador, conceptual, intuitivo, não-verbal e imaginativo.

Apresenta também uma definição interessante do E-Learning aliada ao princípio orientador de que este deve ser sempre dirigido por considerações pedagógicas e não pelas demandas das tecnologias, por si só.

Siemens propõe o conectivismo como a teoria de aprendizagem mais adequada para a era digital. A tecnologia e a realização de conexões como actividades de aprendizagem começam a mover as teorias da aprendizagem para esta era. É necessário saber como aprende um estudante do sec.XXI e pensar a utilização das ferramentas de aprendizagem, síncronas e assíncronas, o conteúdo e a Avaliação como potenciadores dos ambientes de aprendizagem através da articulação e processos de desenvolvimento.

Dando relevo à aprendizagem colaborativa, partilha de informação, comunicação, ao envolvimento dos alunos e da sua participação activa nos processos de construção da aprendizagem e do conteúdo, o autor desta apresentação mostra as vantagens da utilização educativa dos blogs, wikis, twitter, RSS, OER’s e PLE’s.